World Fashion edição 161

G E S T Ã O Por Édson D'Aguano Não existemais a compra que vem... Agora é a venda que vai... Ai de quemainda não acordou para a nova Era da Revolução Comportamental na qual aceitar o insólito no presente é tão importante como estar conectado com o futuro Reza a lenda que o con- sumidor final não sabe o que quer. Ele sabe o que NÃO quer. Este axio- ma publicado em prosa e verso por Steve Jobs define didaticamente o Status Quo do consumo da Nova Geração. Reza a lenda, mais ainda, que uma Gestão Corporativa para chegar no Além do Horizonte (rega- da de GDSF - G anhar D inheiro e S er F e- liz) necessita pensar Global, focar Local e agir Glocal. No cenário atual, então, pen- sar Glocal, é prioridade máxima. Sabe por quê? Exatamente porque nunca tive- mos, em tempo algum, um consumidor tão Consciente (pesquisador e racional), tão Exigente (conhecedor e ranzinza) e tão Indolente (desdenhador e desapega- do) como tal que é nos dias de hoje, sob a ótica da decisão da compra. O consumidor este, mergulhado to- tal no lifestyle do Novo Testamento é, privilegiadamente, hiper informado por conta que Ele corre namesma velocidade em que a Informação o atropela e na mesma vibe em que o Conhecimento o persegue, dominado que está, até o talo, pela Sabedoria revolucionária dos pres- ságios do Dever|Saber para Saber|Fazer o consumir. Ele se propõe a Fazer|Fazer tudo sobre o Fazer|Ganhar glamour e até mais um pouco, especialmente na ava- liação do equilíbrio entre o design (vi- sual) e o preço (valor) do produto. Yeeessss!!! Ele sabe, em tempos de agora, soboprismado consumoestético, dez ve- zes mais do que sabia dez anos atrás. Ele tem a possibilidade certeira de consultar, instantaneamente, com apenas um click e em tempo real, no mundo afora, tudo o que todos fazem, tudo o que todos usam e tudo o que todos tembombardeado que está por toneladas de infos continuamen- te. Ele é assediado, insistentemente, por “trocentos” diferentes meios de comuni- cação recebendo, minuto a minuto, inputs que lhe conferemextraordinário poder de escolha dentro dos processos diferencia- dos e alternativos do seu estilo de vida. A Geração Millennial explica. As manifestações inusitadas voltadas para umnovo comportamento de uso são os presságios do que ainda está por vir. Na contra partida, sempre é bom lembrar uma vez mais que: “ Quem descarta o cho- cante não temchance de descobrir o emergen- te ” palavras estas, insanas. Anti mudan- ça no último (umhorror total). Ai de quem ainda não acordou para essa nova Era da Revolução Comportamental. Aceitar o in- sólito no presente é tão importante como estar conectado com o futuro. Qual o Point-Bar antenado da sua cidade? Você já esteve lá? Qual o aplicativo mais In na sua rede? Você já o adotou? Qual a sacada mais quente que está rolando entre seus amigos? Você já se apoderou dela? Cara... Sacuda-se; procure um pouco de agito ou você vai arder no fogo do már- more do inferno. Há quem diga que a verdadeira questão no atual estilo de vida, de nós mortais, não é o presente contra o futuro, mas o ortodoxo contra o heterodoxo. Você ainda é refém do pas- sado? Você está ainda preso no Velho Testamento esperando o recolhimento das águas para trilhar um novo cami- nho adentro no solo encrespado do Mar Vermelho? A saga de Maomé explica... APOCALYPSE NOWOU SINAL DOS TEMPOS? Mas, o que rola mesmo, pelo sim ou pelo não, é que todos nós somos consumido- res em potencial, mas, não mais como o foi em tempos de outrora. Não há como ser diferente. Não e não mesmo. Esta- mos mergulhados, até o pescoço, num turbilhão de ofertas de todo tipo de pro- dutos e preços assinados por centenas de marcas, em profusão. A diversidade no mercado, como um todo, é muito, muito mesmo, maior que antes. Hoje em dia podemos comprar por aqui, dentro da nossa casa, do outro lado do mundo, por exemplo, um relógio de grife; umaparelho eletrônico (ou até auto- motivo); uma roupa e um par de sapatos; até ummóvel para casa e fazê-los chegar em nossas mãos (acredite se quiser) em questão de horas e não mais em longos dias ou “ eternas ” semanas, nem mesmo mais, em meses infinitos de espera. Ne- nhuma novidade até aí. C´est la vie . O que está rolando sim, cada vez mais e mais, é que temos que tomar decisões de formas divergentes e racionais em relação às decisões de ontem uma vez que estamos tendo acessos a um turbi- lhão de diferentes mercados, segmen- tos, marcas, pontos de venda e produ- tos. É a simbiose do F-Commerce com o E-Commerce entrando em cena em nos- sas vidas e em nossos diversos compor- tamentos de uso (efeito Omnichannel ). Paradoxalmente, cresce, numa velocida- de incrível (quemdiria), o número de “ sa- colas ” enviadas para as casas de clientes finais carregadas de produtos fashion , tais como roupas, calçados e acessórios; make-up a granel e outras “ cositas más ”, pilotados pelo varejo e|ou salões de be- leza por conta da diminuição do flu- xo Quati e Quanti no interior das áreas de atendimento presencial. Trata-se de uma verdadeira Faixa de Gaza entre o Velho e o Novo Testamento. Antes, no passado, em tempos até não muito remoto, nossos pais e avôs quan- do decidiam comprar um Iogurte ou um Refrigerante no supermercado da esqui- na a disponibilidade na gôndola era de uma ou duas opções, (visualmente qua- se idênticas entre si), de marcas. Pois é... Hoje existem dezenas de tipos de Iogur- tes. Com lactose e|ou sem lactose; com glúten e|ou sem glúten; com frutas e|ou sem frutas; nas embalagens arredon- dadas e|ou quadradas; no estilo grego e|ou nacional e|ou sei lá mais o que. É impossível conseguirmos visualizar o emaranhado de ofertas que o mercado disponibiliza por categorias de produ- tos. Meu Deus... Imagine o que vem por aí. É o Sinal dos Tempos ou o Apocalypse Now no momento da “ bendita ” escolha para tomada de decisão da compra? Sei não... O que sei e só o que sei é: Preci- samos assumir de uma vez por todas: “ A compra não vem mais como vinha antes. Agora a sacada é a venda que deve ir ”. É Mudar ou Morrer... Soma-se a esta diversidade enlouquece- dora de ofertas, a ampliação natural dos inúmeros canais de distribuição da ven- da. Além do supermercado (aquele) ou de qualquer ponto de venda (físico) já é possível comprar pelo whatsapp produtos e|ou mantimentos e, na boa, recebe tudi- nho em casa e ainda em meio a embala- gens surpreendentes e impactantes. E, é claro, tambémjá épossível escolher entre umproduto novo, até usado que pode ser (dai-lhe Brechós), recondicionado, custo- mizado ou seminovo o que torna ainda mais Complexo, Competitivo e Acirrado o processo da corajosa, audaciosa e ino- vadora decisão da compra que só rola sob Plena Emoção irradiada, que deve ser, pe- las marcas e|ou mix de produtos. E AÍ... OQUE TEMOS QUE DEVER|SABER PARA FAZER|FAZER??? É verdadeiramente comum que meios de comunicação como Blogs via redes sociais gerem uma percepção e|ou persuasão do consumidor em direção ao que Ele pen- sa, age e deseja comprar (comprar???). No passado (aquele), quando havia poucas e escassas opções de produtos o nível de atratividade para o consumidor era apre- ciar valores funcionais como a crença na eficácia, no sabor, na proposta visual externa e, claro, no preço competitivo. Acontece que tudo mudou oras bolas. O mundo mudou.O hábito de consumo mu- dou. O comportamento de uso mudou. O estilo de vida mudou... Heeeeeelôoooo!!! Até a marca que Ele adora, mudou (mu- dou?). O produto que Ele quer, mudou (mudou?). O ponto de venda, mudou (mudou?). E aí... A nossa Gestão mudou? Temos certeza disso? Estamos prepa- rados para acompanhar, neutralizar e controlar de perto o enorme perigo de ver o que está mudando sob as lentes do que já existe? Faça a si próprio(a) a pergunta que não quer calar: “Espelho, espelho meu” ou melhor... “Travesseiro, travesseiro meu. Quais são os dogmas obri- gatórios a serem violados conscientemente por minha empresa?” Não lhe ocorre ne- nhum deles em especial? Então, troque de travesseiro. Você vai precisar. Não espere superar a média entre os seus pares concorrentes. Temos que ad- mitir que as Gestões Revolucionárias imersas no cenário, atual criam estra- tégias subversivas e não submissas em relação ao comportamento de compra dos nossos clientes B2B e B2C. Sempre é bom lembrar, mais ainda, que: “ Não existe mais a compra que vem... Agora é a venda que vai” . Estamos preparados para essa inversão total de valores? Fala sério... Na Era Revolucionaria em que cá estamos, no consumo do fashion- world , o Produto é do Corpo. A Marca é da Alma. Exatamente por isso tudo que a Gestão do Novo Testamento faz por se obrigar a construir mais Significado (consistência) e menos Informação (Pe- ruagem) em seus produtos. Inversão to- tal de valores. Uma baita Revolução. E que seja por todos nós. That, its. A Gestão Otimizante do Novo Tes- tamento não cai do céu... Ela te leva até ele. Quem viver, verá. Diretor presidente da Consultive Holding. www. consultive.com.br R

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