World Fashion + Varejo edição 157

O N L I N E Por Paulo Delegá unto com alimentação, moda é um dos negócios mais na/ turalmente propícios a serem divulgados em redes sociais fortemente visuais como Fa/ cebook e Instagram. Comida e moda trabalham com formas e cores e natu/ ralmente produzem uma longa série de oportunidades para fotos – pratos de comida e peças de roupa – o que facili/ ta atender a voracidade permanente de conteúdo das redes sociais. Marketing demoda nas redes sociais: 4 considerações Usar redes sociais para a construção profissional de umamarca de moda, ou para estimular suas vendas é muito diferente do uso recreativo, pessoal, dessas redes. Demanda planejamento, tempo e dinheiro aproveitando o reflexo no espelho do banheiro? Sinto decepcioná/lo caro lei/ tor, mas a foto foi tirada por um fotó/ grafo profissional, com uma máquina profissional e posteriormente retocada por um cara muito bom em Photoshop. Claro que episodicamente se pode – e em alguns casos se deve – postar uma foto ou vídeo “natural”, levemente des/ focado, tremido, ou mal iluminado para mostrar informalidade ou intimidade, ou uma foto ou vídeo “espontâneo”, de momento, para registrar documental/ mente um evento. Mas na maioria das vezes a qualidade de uma imagem de produto em rede social não deve ser menor do que a qualidade de uma foto de catálogo: locação, modelo, ilumina/ ção, fotógrafo, produção. VAI CUSTARMAIS UM POUCODE TRABALHO. E DE DINHEIRO Há executivos e empresários que recla/ mam dos baixos resultados que obtive/ ram com redes sociais, que não geram vendas. Olhando as páginas sociais de algumas dessas empresas descobre/se que têm, digamos, 150 seguidores. As/ sim não vai funcionar mesmo. O mar/ keting social (como qualquer marke/ ting) é um jogo de números, de volume. É preciso ter uma massa grande de se/ guidores para aumentar a chance es/ tatística de, ao longo do tempo, algum deles querer comprar. Vai ser preciso pagar anúncios na própria rede social para começar um público e com mui/ to trabalho, regularidade, consistência e qualidade de publicações, fazer este público crescer. Negócios, mesmo, po/ dem levar vários meses para começar a aparecer, dependendo é claro, também do produto e do preço. Afinal, a comu/ nicação de marketing pode levar o ca/ valo até a beira d’água. Já obrigá/lo a beber são outros quinhentos... E DEPOIS DO TRABALHO NAS REDES SOCIAIS, AINDANÃOACABOU E por maior que seja seu número de seguidores, likes e compartilhamentos nas redes sociais, nunca se esqueça de caprichar muito no seu site e sempre que possível remeter, através de links, os seguidores ou visitantes de suas re/ des sociais para o seu site. Nas redes sociais você tem pouco, ou nenhum, controle das postagens e anúncios pa/ ralelos e simultâneos aos seus que a pessoa vai ver, bem como não tem con/ trole sobre o ritmo e o fluxo da conver/ sa. É como tentar conquistar uma pes/ soa na balada, com a música alta, um monte de conversas paralelas e várias outras pessoas também tentando con/ quistá/la... Fica mais fácil se você con/ seguir levar a pessoa para um lugar mais tranquilo. Só no seu site não há essas interrupções e paralelismos e você pode controlar e registrar melhor a interação com a pessoa. J Paulo Delegá é diretor da Vendere, agência digital de criação para sites, redes sociais e marketing de conteúdo. www.vendere.com.br tar em mídias sociais não é o suficiente para garantir o sucesso de uma marca nessas mídias e muito menos, que esse sucesso resulte em vendas. Se você está pensando em começar ou aumen/ tar a participação das redes sociais no seu marketing, nossa experiência suge/ re pelo menos 4 considerações: VAI DAR TRABALHO Hoje em dia, do bebê com iPad na ca/ deirinha, à vovó assistindo a nove/ la no sofá com o celular na mão, bem como da pizzaria do seu bairro ao maior banco do Brasil, pessoas e em/ presas publicam constantemente em redes sociais. Isso faz com que qual/ quer mensagem seja efêmera, porque vai ser rapidamente soterrada pelo imenso fluxo de outras publicações. Para tentar atravessar essa avalan/ che e ser notado, você precisa postar com muita frequência e regularidade. É preciso fazer um plano de publica/ ções, e executá/lo com método e dis/ ciplina, é trabalho não é vida social. Você não pode só postar quando ca/ lhar de haver alguma novidade baca/ na ou engraçada, como faz nas suas redes pessoais. Um amigo pode pas/ sar um mês sem ouvir falar de você, sua loja não pode passar um mês sem vender. Você precisa seguir seu calen/ dário de postagem, chova ou faça Sol. VAI CUSTAR DINHEIRO Além de quantidade – frequência, re/ gularidade – para se destacar no meio de tantas outras publicações, você vai precisar também de qualidade. Você acha que aquela foto linda da celebri/ dade que você segue no Instagram foi tirada por ela mesmo, com o iPhone Outros ramos de negócios às vezes tem que suar sangue para achar meia dúzia de fotos ou vídeos interessantes (rela/ cionadas aos seus produtos e serviços, é claro) para postar. Imagine/se no mar/ keting de um banco tentando inventar diariamente fotos charmosinhas que naturalmente ganhem likes no Face/ book e que também convençam alguém a abrir uma caderneta de poupança... No entanto, apenas a facilidade de se ter uma longa disponibilidade de mo/ delitos diferentes para fotografar e pos/ Foto: Shutterstock 157 32

RkJQdWJsaXNoZXIy NDgyMzI=